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14 de jan. de 2015

Ilha de Avalon

"Não verás em mapa algum rumo das ilhas de amor; aguarda que a deusa da colheita queira te mostrar o seu favor"


Avalon deve muito de seu mistério às lendas celtas que a consideram uma porta de passagem para outro nível de existência. Uma existência povoada de magia e amplitude espiritual. Também era chamada de "Ynis Vitrin" ou Ilha de Vidro, onde seres mágicos, isolados do mundo mortal, desfrutam a eternidade. 

O nome tem origem no semi-deus celta Avalloc. Avalon é o despertar natural da consciência, o templo do mundo interior, terra da eterna magia e saber que oferece iniciação e esclarecimento a todos.

Avalon simbolizava a busca constante do ser humano que possuía esperanças de fazer-se do mundo uma lenda real, em outras palavras, a fonte inesgotável da sabedoria da tríplice divina.



Ele aparece pela primeira vez Historia Regum Britanniae ("A História dos Reis da Bretanha") de Geoffrey of Monmouth como o lugar onde a espada do Rei Arthur Excalibur foi forjada e posteriormente para onde Arthur é levado para se recuperar dos ferimentos após a Batalha de Camlann. Como uma "Ilha dos Bem-aventurados" Avalon tem paralelo em outros lugares na mitologia indo-europeia, em particular a Tír na nÓg irlandesa e a Hespérides grega, também conhecidas por suas maçãs. Avalon foi associada há muito tempo com seres imortais, como Morgana Le Fay.

É virtualmente impossível estudar as tradições relativas a Arthur e ao Graal sem encontrar o outro mundo. Nenhum outro lugar é tão evocado no Outro Mundo celta como Avalon (assim como Hades para os gregos). Derradeiro lugar de repouso de Artur, é lá que ele aguarda a chamada para novamente servir a Terra, para terminar o trabalho que ficou por concluir depois do final da Demanda de Graal e da batalha sangrenta de Camlan que exterminou a Confraria da Távola Redonda.


Eram muitas deusas (em principais deusas, imagens masculinas vinham poucas da ilha) que possuíam morada com Avalon. Arianrhod, Blodeuwedd, Branwen, Cerridwen e Rhiannon eram as guardiãs dos mistérios vindos da ilha. Morrighan, a Grande Rainha. Deusa da guerra e do amor físico. E também Dana, deusa da fertilidade.

As Deusas, em suas diferentes faces, representam à energia criadora de todas as coisas viventes e possuem funções específicas, tais como: soberania, guerra (bravura) e proteção.

A terra sagrada das noviças devotadas à antiga Deusa, também chamada de Grande Mãe, foi palco de grandes acontecimentos na saga do Rei Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda. Avalon, a “ilha das maçãs”, ficava na Inglaterra, em um lago rodeado de juncos, envolta em uma fechada cortina de bruma. 

Depois que a neblina se abria, um barqueiro misterioso conduzia o visitante até o lugar sagrado. Viviane, a Senhora do Lago, liderava as donzelas que viviam em retiro devotado à Deusa. Mais tarde, foi sucedida pela fada Morgana, meia irmã do Rei Arthur. Segundo a lenda, uma mão surgida das águas do lago de Avalon presenteou-o com sua lendária espada Excalibur. 


"Quando a dedicação é sincera e a busca constante, os caminhos se abrem e a verdade sempre nos é revelada.", Essa é a mensagem de Avalon, das Deusas Celtas e dos mistérios Arthurianos.

Pesquisas arqueológicas atestam que os campos de Glastonbury, há milhares de anos, foram pântanos drenados, ou seja, a cidade já foi uma ilha, o que reforça sua proximidade com as lendas de Avalon.


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