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18 de dez. de 2014

A Boneca Esquecida

Havia uma garotinha jovem, cerca de 12 anos, comum como qualquer outra garotinha de sua idade. Seu nome era Kemille. Ela adorava sua mini-coleção de bonecas. Alguma de plástico como Barbie's, algumas de pano. A sua preferida era uma de pano, a qual ela chamava de Lari (larissa). Ela não era muito grande, possuía cabelos "gordos" vermelhos, um vestido amarelo e um sorriso meigo.

Kemille e a boneca eram inseparáveis. Em qualquer brincadeira, Lari devia estar lá como uma das mais importantes personagens. Porém, as coisas mudam, pessoas mudam. Naturalmente, Kemille cresceu. 12.. 13... 14... 15 anos.

Kemille, a jovem, linda e atraente garota. Seu namorado, Collin, sempre tratava de ligar para ela todos os dias. Escola, amigos, passeios, internet e conversas pelo celular eram os principais interesses de Kemille agora. Onde está Lari? Naturalmente, no fundo do guarda-roupas, onde algumas coisas que eram de sua infância sobraram.

De vez em quando, Kemille jurava encontrar Lari onde não a havia deixado, mas o quarto dela não era lá um palácio limpo.

No aniversário de Kemille, durante um passeio com seus amigos e Collin, ela ganhou, de Collin, um grande e lindo urso de pelúcia branco. Kemille apaixonara-se pelo presente. Um urso que dava metade dela de tamanho...

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Chegando em casa, ela o colocou carinhosamente numa de suas mesinhas de cabeceira. Um ótimo lugar. Após usar a internet, passar um tempo na sala e jantar, ela foi deitar-se. O dia havia sido agitado, e ela não tardou a dormir. A madrugada era chuvosa, vários trovões.

Kemille acordou com o alguns barulhos estranhos. Pareciam... Cortes. Ela olhou ao lado e deu um berro. O urso de pelúcia que ganhara de Collin estava todo rasgado. Ela olhou assustada ao redor e viu uma coisa pequena em pé. Não una coisa qualquer... Ela conhecia. Lari, sua antiga bonequinha. Lari estava com una faça na mão, e alguns fiapos do urso nela.

Kemille olhava horrorizada.

- Porque você não brinca mais comigo? - perguntava a boneca com uma voz esganiçada. Um de seus olhos de botão faltava. Kemille não queria acreditar no que via nem no que ouvia.

A manhã chegara, e Kemille jogou a boneca no fundo de um baú. E o evento se repetiu na outra noite, rasgando cartas dos amigos dela e quebrando seu celular.

Kemille acreditava estar louca. Na outra noite Kemille deitou e ficou acordada.

- Vamos brincar minha cara. Você me abandonou mofando... E agora farei você abandonar alguém. - a boneca andava em direção à cama com uma faca na mão e uma foto de Collin.

Lari cortou a foto de Collin. Pegou outra foto em que estava Collin e Kemille, e repartiu a foro entre os dois. A boneca gargalhava na janela, com uma chuva do lado de fora. Kemille estava aterrorizada, não queria perder ninguém.

- Me perdoe...

- Você cresceu, e me abandonou. Me deixou para apodrecer.

Lari então se aproximou da garota, e apontou a faca.

- Hora de cortaaaaaaar.

Kemille estava apavorada, não podia ser morta por uma boneca, e então agarrou a boneca, pegou a faca e começou a picotear a boneca.

- por... Favor... Eu... Só... Queria...

E então cortou a cabeça.

-... Brincar... - e a voz da boneca desapareceu.

Kemille desabou em choro. Kemille conversava com Lari quando criança... E não havia nada pior, do que as "pessoas" partirem sem que algo houvesse sido resolvido... O sentimento pode acabar... Mas o remorso nunca. Kemille foi enviada a um sanatório.

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