Islamismo, Catolicismo, Evangelho, Judaísmo, Budismo, Paganismo, Satanismo, Muçulmanismo, Ateísmo... A qual você pertence? (eu, em particular, sou teísta, [não ATEU, ATEÍSTA]). Todas religiões formadas e monoteístas.
Cristianismo, Islamismo e Judaísmo são as principais religiões pelo mundo (evangelismo está crescendo a cada ano, mas é mais em questão de lugares, e não pelo mundo). Todas essas três, de certa forma, referem-se a um mesmo Deus, apenas com descrições e/ou nomes diferentes. Cada qual sua história primordial (não conheço de duas delas, então não entrarei em detalhes ou opiniões).
Mas, vendo as religiões de hoje, entre tudo as guerras e disputas, quem não pensa nas religiões do passado? Para os "menos cultos", a atual mitologia do passado era uma religião, assim como as citadas acima são hoje, e há relatos de grupos que ainda oram a essas religiões. Pensem como seria louvar diversos deuses... Para cada coisa que fizesse ou sentimento que possuísse, havia um ser celestial que representava o "momento". Zeus, Anúbis, Odin, Apófis, Brahma, Mundos Inferiores...
Algumas vezes é engraçado imaginar que realmente os louvavam não? Sim, sei que é. E é justamente sobre isso que iremos falar aqui... E se hoje fosse um mundo politeísta, onde não haveria apenas um Deus?
A Bíblia está na base da cultura ocidental. Sem a Bíblia, as três principais religiões monoteístas de hoje, cristianismo, judaísmo e islamismo, não existiriam. O culto a um deus único se espalhou com a confecção dos livros que deram origem à Torá e ao Antigo Testamento, ainda no século 7 a.C. No entanto, foi com o Novo Testamento que essa idéia triunfou. Segundo historiadores, o cristianismo minou completamente a crença em diversos deuses, sem ele, o mundo continuaria a dar grande importância à religião, mas seria politeísta.
Se bem podemos dizer, apontando diferenças entre religiões politeístas e monoteístas, teríamos muito mais vantagem com um mundo politeísta. Um bom exemplo de começo, é que as religiões politeístas eram MUITO mais tolerante com diferenças religiosas. Hoje, por exemplo, um muçulmano cruza um com islã, querem a terceira guerra mundial (e quase o mesmo com os evangélicos e católicos). Antigamente, a época dos deuses greco-romanos, egípcios e nórdicos ocorreu na mesma época. E os romanos tinham muita ligação com os egípcios em batalhas, deslocamento (até mesmo a história de que romanos pediam para serem mumificados para terem um pós-vida egípcio), e os gregos não tinham brigas com os egípcios por diferenças religiosas, nem com os nórdicos e os outros orientais que também tinham seus deuses (não bem DEUSES, mas vamos levar assim).
Outra coisa é são as diferenças sexuais. É possível que sexo entre homens fosse bem aceito entre as elites, como acontecia na Grécia antiga. No entanto, como os cultos politeístas antigos preteriam mulheres, casais femininos seriam censurados, mas nada que indique isso entre os egípcios, e seriam o tipo de coisa que "evoluiriam" com o tempo.
Outra coisa marcante é o natal e a páscoa. Ambos acontecimentos bíblicos, portanto, Jesus, hipoteticamente não teria nascido, e então não haveria o natal, mas que não deixariam de ser datas importantes. A data tida como a do nascimento de Jesus foi uma apropriação que o cristianismo fez de uma festa antiga, dedicada ao deus Mitra, popular na Pérsia e na Roma antiga. Ou seja, mesmo sem a Bíblia faríamos grandes celebrações no dia 25 de dezembro, que não seriam mais importantes que as festas de outros deuses.
Num mundo politeísta, as práticas religiosas seriam bem diversificadas. E todas seriam respeitadas. Uma divindade como a Lua, por exemplo, poderia ser adorada por diferentes pessoas, de várias maneiras. E, nas Américas, as imagens não seriam, como são hoje, inspiradas na estética greco-romana. Teríamos uma grande influência da cultura indígena pré-colonização, que talvez essa colonização ou levasse mais para ocorrer, ou nem ocorresse, já que cada religião tinha suas criaturas do mar, algumas menos e/ou mais assustadoras que os colonos acreditavam que encontrariam.
Chevitarese acredita que, sem o cristianismo, as tradições das colônias americanas também estariam melhor preservadas. Como dito antes, os politeístas possuíam mais tolerância religiosa. Para ele, os europeus teriam explorado o continente economicamente, mas respeitando a cultura e a religião indígenas, da mesma maneira que, no século 2 a.C, o império romano assimilou os deuses gregos (Zeus virou Júpiter, por exemplo).
E há também a ciência. O cristianismo passou a ver as descobertas da ciência como um desafio a Deus e inibiu muitas dela. O astrônomo Galileu Galilei, por exemplo, foi obrigado a se retratar perante a Igreja Católica, no século 17, por ter dito que a Terra girava em torno do Sol. “Teríamos uma astronomia muito mais avançada hoje, se a Igreja não tivesse condenado os estudos do universo desde o século 4”, diz historiadores. Sem esse empecilho, é possível que os planos dos cientistas de hoje para colonizar a Lua já tivessem sido implementados e que celebrações no solo do satélite fossem comuns.
Exatamente. Haviam deuses da Lua, então, teríamos comemorações a divindades no espaço, onde veríamos o Sol, a grande divindade, Rá, Hélios e sua carruagem, e a crença seria ainda mais forte. E sem os empecílios que a igreja colocou/colocava nos avanços científicos, poderíamos, até mesmo, estar mais longe do que estamos hoje... Mais longe do que nossa fronteira espacial lunar. Poderíamos ter deuses novos, já que coisas novas vieram a ser feitas (um deus súdito de Dionísio, criador do Champanhe, por exemplo).
Diferenças raciais também não existiriam. A divisão entre Ocidente e Oriente, criada pela visão européia e cristã do “nós” versus “eles”, não existiria. Com isso, é possível que valores e práticas da medicina oriental estivessem mais presentes na nossa vida.
Depois de ler isso, o que preferiria? O atual mundo, ou um mundo politeísta... E outra questão conspiradora... E se, daqui algumas décadas/séculos, nossas religiões também virarem mitologia? "O Conto de Jesus e os Três Reis Magos"...
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