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30 de abr. de 2013

O LIVRO QUE NINGUÉM PODE LER

Não é um manuscrito qualquer. É o mais misterioso manuscrito do mundo. Um livro cujo conteúdo é incompreensível até hoje. Estima-se que tenha sido escrito por volta de 1500 por um autor desconhecido através de uma linguagem incompreensível. Descoberto em 1912, o Manuscrito Voynich é também conhecido como o livro que ninguém pode ler.




Muitos pesquisadores tentaram "descriptografar" as 204 páginas do manuscrito, mas até hoje nenhuma palavra sequer foi decifrada. Diversas técnicas foram utilizadas pelos maiores especialistas do mundo, sem sucesso.

Uma das características do livro é que ele foi escrito sem pontuação. Ao todo, existem 170 mil caracteres. São cerca de 35 mil palavras ao todo. O misterioso alfabeto utilizado no manuscrito é único. Foram reconhecidas entre 19 a 28 possíveis letras, que não possuem nenhuma ligação com nenhum alfabeto conhecido. Outra característica marcante é a total ausência de erros ortográficos, como rasuras (palavras riscadas), diferentemente de todos os outros manuscritos antigos já encontrados.




Mas não somente de palavras o manuscrito é composto. Existem inúmeros figuras, um pouco mais fáceis de serem entendidas. O livro foi dividido em 5 seções principais:

I - possui ilustrações de mais de 110 plantas desconhecidas, contudo há uma planta muito semelhante à um girassol, que passou a existir na Europa Ocidental somente a partir de 1492.

II - representa a astronomia e astrologia, cujos 25 diagramas se referem a estrelas e signos do zodíaco.

III - possui muitos desenhos de mulheres, geralmente imersas até os joelhos em estranhos vasos que possuem um escuro fluído.

IV - possui desenhos de frascos semelhantes à antigos recipientes de farmácias. Há ainda alguns desenhos de pequenas raízes e ervas medicinais.

V - Não há imagens, somente texto, e prossegue nas últimas páginas do manuscrito.


Ainda existem muitos debates em torno da data do manuscrito. Uma análise realizada através de radiação infravermelha revela uma assinatura legível bastante apagada: Jacobi a Tepenece. A assinatura faz referência à Jacobus Horcicki, alquimista falecido em 1622. Jacobus recebeu o título de Tepenece somente em 1608, ou seja, o manuscrito só pode ter sido feito após esse ano.




Contudo, análises feitas recentemente sugerem que o manuscrito tenha sido escrito em período relativamente curto entre 1404 e 1438, aumentando ainda mais o mistério.
"É tão próximo do que conhecemos, mas tão distante do que podemos decifrar", foi a conclusão de um dos especialistas que tentou descriptografá-lo.











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